segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

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REDNOTIC - Revista Eletrônica de Notícias Internacional da Contrainformação.
"A Contrainformação é o contraponto à Média Burguesa Internacional".
Editor: Paulo Lucena.
Edição Bloger No. 0007 - Ano I - Dezembro/2007.
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As FARC reafirmam a opção comunista e respondem a campanhas difamatórias.

Entrevista com o comandante Ricardo González, do Estado Maior Central das FARC-EP , conduzida por Miguel Urbano Rodrigues.

Das FARC-EP correm pelo mundo os nomes de quatro ou cinco dirigentes que adquiriram ressonância internacional quer em combates contra o Exército quer como negociadores, ou ainda como ideólogos da mais antiga organização guerrilheira da América Latina. É o caso do comandante-chefe Manuel Marulanda e, entre outros, dos comandantes Jorge Briceño, o estratego militar, e Raul Reyes, que foi o interlocutor principal do governo em Los Pozos, na mesa de diálogo, durante a Administração de Pastraña.

No grande coletivo das FARC são, porém, numerosos os comandantes de qualidade excepcional, que, pela própria natureza das tarefas desempenhadas, se fala pouco ou nada. Em Março tive a oportunidade de reencontrar numa cidade mexicana um desses combatentes: Ricardo Gonzalez. No passaporte figurava outro nome. O pormenor é irrelevante porque também não se chama Ricardo Gonzalez. Tal como em anteriores visitas, havia entrado no país com documentação falsa, pois Fox, o presidente mexicano, cedendo a pressões de Washington, trata as FARC como «organização terrorista».

Somos amigos há anos e já lhe conheci diferentes apelidos. Ricardo traz-me à memória, pela síntese de personagens diferentes, heróis de romances de Cholokov e Alexei Tolstoi. Descendente de uma família oligárquica de terratenientes, rompeu com a sua classe muito jovem, optando pela luta revolucionária nas FARC. É um orador de talento incomum. Em várias capitais da América latina, ao intervir em Conferencias Internacionais, ouvi-lhe (quando as FARC não figuravam ainda na lista negra) discursos em que um elevado conteúdo ideológico era valorizado pelo rigor da análise e o estilo oratório. Ricardo exprime-se naquele castelhano clássico, em vias de extinção, que se fala ainda nas altas mesetas da Colômbia, com um leve sotaque antioquenho. O seu porte aristocrático talvez o ajude no vaivém de missões clandestinas. As polícias não identificam com facilidade o revolucionário perseguido naquele senhor de maneiras distintas.

Atualmente pertence ao Estado Maior Central das FARC. O presidente Uribe, na sua recente visita à Europa, citou-lhe o nome, o verdadeiro, incluindo-o entre os comandantes guerrilheiros cuja cabeça foi posta a prémio.

Quando o revi há semanas vinha das Montanhas da Colômbia, da luta. Irradiava aquela intensa alegria de viver que é um dos traços da sua fascinante personalidade de revolucionário profissional.

Foi uma conversa de muitas horas. Pedi-lhe que falasse para o «Avante!».

Desse encontro, combinado com muita antecedência, saiu, em estilo coloquial, a entrevista que se segue, na qual Ricardo Gonzalez, respondendo a campanhas de desinformação e a calúnias, aborda também questões ideológicas importantes, muitas das quais preocupam toda a humanidade.

MUR: As FARC têm quase 40 anos. Os seus críticos dizem com frequência que uma organização revolucionária que não conseguiu chegar ao poder em quatro décadas dificilmente o conquistará. Pergunto: qual é a perspectiva das FARC, organização com vocação de poder? Nos Diálogos para a Paz, em Los Pozos, El Caguan, tinham um projecto plural para a sociedade colombiana, mas a longo prazo a perspectiva era a do socialismo. Como encaram hoje as FARC o futuro a curto e médio prazo?
Ricardo: A primeira coisa que te posso dizer é que 40 anos na construção de um exército revolucionário é um tempo muito curto. Os nossos adversários desconhecem a paciência oriental das FARC. Temos um plano estratégico para a tomada do poder e vimos que é através da combinação de todas as formas de luta que temos de enfrentar um inimigo que se caracterizou já pela sua intolerância numa questão a que eles chamam democracia, mas que na realidade não se aplica em parte alguma do nosso país. Esse inimigo tem a seu alcance todos os meios, conta com uma poderosa ajuda internacional, liderada pelos EUA e há 40 anos que se esforça por nos eliminar. Não esqueças que Marulanda e os seus companheiros, em Marquetália, eram apenas 48, mas conseguiram romper o cerco apesar de ali haverem concentrado contra eles todo o poder do Estado colombiano para aniquilar esse reduto de patriotas que tinham assumido a gesta de libertar a Colômbia da dominação que sofre, fundamentalmente por parte dos EUA. Pretendiam criar uma nova sociedade, uma sociedade justa, sem exploradores nem explorados, uma pátria digna para todos os colombianos, sem exclusões de qualquer tipo. Esse objetivo já é visto pelas novas gerações como uma possibilidade real. Tardamos um pouco, mas foi uma questão muito meditada o que seguramente permitirá uma singularidade tremenda na revolução colombiana. Digo isto porque – a comparação é má, mas em Cuba um movimento guerrilheiro triunfou e a partir da sua vitoria construiu-se como partido político, tornou-se governo e construiu o Estado. No caso do sandinismo , repara, uma insurreição popular irrompeu a partir da existência do movimento guerrilheiro. Tomaram o poder e tiveram que percorrer o mesmo caminho: construção do partido, construção do exército, construção do governo e do Estado. No nosso caso creio que a situação é inversa. Temos vindo a construir o partido antes de tomar o poder, temos vindo a construir o governo em algumas zonas porque nessas áreas o governo real são as FARC. E temos vindo a construir as bases do novo Estado em muitas regiões da geografia colombiana. Não cabe falar de prepotência. O desfecho da revolução para nós vai ser mais fácil porque desenvolvemos toda uma experiência e podemos consolidar o projecto revolucionário com menos dificuldades, apesar de tudo o que se passa hoje. Isto ocorre no âmbito de uma confrontação violenta imposta pelo estado colombiano. Assumimos o desafio. Os nossos amigos e aqueles que simpatizam connosco podem ter a certeza de que as FARC não cederão. Consideramos que existe um estado terrorista na Colômbia, um estado agora marcado por uma tendência fascizante. Atualmente a luta armada alastra-se, pela necessidade de se fazer frente às armas homicidas do estado com as armas libertárias daqueles que mantiveram o amor da dignidade. Este povo colombiano de que fazemos parte é um povo digno e valente que, recorrendo a todas as formas de luta, e combinando-as, muda o cenário político e abre uma possibilidade de diálogo, e transito pacifico para a revolução colombiana. Nisso também as FARC se podem medir na praça publica com os seus inimigos. Não tememos a praça publica. Não tememos a confrontação de ideias. O mau é que eles não permitem que se produza ai essa confrontação de ideias. Neste momento qualquer homem ou mulher, combatente das FARC, que se apresente a expor o que pensa é imediatamente assassinado ou capturado, acusado de terrorista. Por isso, neste momento não nos resta outra opção para expor as nossas ideias que não seja o recurso aos fuzis. Essa é a realidade na Colômbia. No imediato trabalhamos para a construção de um novo governo de ampla coligação, que permita abrir as alamedas de uma democracia real no país. Para isso convocamos os sectores políticos e sociais mais diversos, liberais, conservadores, o clero católico, as associações económicas de todo o país, a intelectualidade, os operários, os camponeses, as minorias étnicas, homens e mulheres do mundo da cultura. O objetivo é parar a guerra. Para isso temos de enfrentar unidos o projecto fascista para a Colômbia que está a ser implementado pelo Sr Álvaro Uribe com o apoio da oligarquia e dos EUA e, também, de alguns países da União Europeia que se intrometem descaradamente num conflito que somente diz respeito aos colombianos, conflito cuja solução cabe exclusivamente aos colombianos. Há 40 anos que vimos dizendo que queremos a paz, que lutamos por mudanças. Teria sido bem preferível que não tivéssemos sido obrigados a lutar entre colombianos para implantar uma reforma que o país necessita urgentemente. Como somos revolucionários, cabe-nos assumir os riscos que resultam do enfrentamento com o estado colombiano e os seus cúmplices, aqueles que o amamentam do estrangeiro.

MUR: Outra questão. Não apenas os inimigos, mas por vezes forças democráticas com uma posição muito crítica perante o regime de Uribe, afirmam que as FARC não conseguem implantar-se nas grandes cidades, que não avançam nesse terreno, que não penetram nas classes médias urbanas. Que tens a dizer sobre o assunto?
Ricardo: Relativamente ao assunto, a desinformação é total. Resulta de um desconhecimento do que são as FARC-Exército do Povo como organização político-militar. Não somente contamos com um aparelho armado como constituímos também o Partido Comunista Colombiano clandestino. Construimo-lo assim, clandestino, porque ali não há possibilidades de desenvolvimento real de organizações legais, abertas, de carácter revolucionário. E estamos também a construir o Movimento bolivariano pela Nova Colômbia, que é um movimento igualmente clandestino com forte implantação em sectores estudantis e operários, nos bairros periféricos das grandes cidades e em meios universitários e entre a intelectualidade. O que se passa é que este é um trabalho eminentemente clandestino. Não podemos tornar publico o que está a ser feito nos terrenos ideológico, político e organizativo. Esse trabalho é muito importante. Mas há mais. Temos ainda as Milícias bolivarianas, e as Milícias populares em grandes cidades como Bogotá, Barranquilla, Medellín e Cali, e esse trabalho é extremamente delicado, porque nos centros urbanos está concentrado todo o poderio do inimigo, que tem ali todo o seu aparelho técnico, os serviços de segurança e também os seus colaboradores, os bufos ou «sapos», como são conhecidos popularmente na Colômbia. Obviamente, construir essas redes clandestinas implica para nós um autêntico trabalho de filigrana. O inimigo fareja em busca delas, tratando de decapitá-las, empenhado em evitar que penetremos em força nas áreas urbanas. É preciso levar em conta essas dificuldades. Nós, como Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia, somos de origem camponesa; naturalmente a nossa maioria é ainda camponesa, mas nos últimos 10-12 anos ingressaram nas FARC homens e mulheres provenientes de todas as camadas sociais. Entre eles muitos intelectuais. Há jornalistas, sacerdotes, engenheiros, agrónomos, advogados, escritores de grande prestigio, antropólogos. Chegaram e são tratados como quaisquer outros que aderiram às FARC em qualquer momento da sua história. O nível de qualificação dos quadros das FARC nos últimos tempos impressiona. A detenção do camarada Simón Trinidad chamou a atenção para essa evidência. Muitos países e muitos amigos demonstraram espanto porque a imprensa não pôde ocultar que se trata de um homem educado nas melhores universidades dos Estados Unidos, um homem com uma formação cultural muito profunda. Não esqueças que sempre se difundiu a ideia de que nas FARC somos uma quantidade de camponeses atrasados e ignorantes e isso faz parte daquilo que o inimigo diz de nós e que os nossos amigos, às vezes, sem reflectirem, assimilam. É normal que tal aconteça. Nos nossos vaivéns, no tocante à confrontação ideológica, alguns amigos, quando vem à baila o tema da repressão, tomam distância. Inclusivamente aceitam sem uma atitude critica o que diz a grande imprensa. Entendemos perfeitamente isso. Não nos fere, mas tratamos de explicar a esses amigos e simpatizantes que devem confiar em nós, confiar na consolidação do nosso exército, que cresce no campo, na cidade, em profundidade e extensão, com o recrutamento de novos guerrilheiros, cobrando novas áreas da geografia colombiana. Estamos chegando, essa é a realidade, ao coração e à mente colombiana nas grandes cidades da Colômbia.
MUR: Sobre a questão que acabas de tratar gostaria que fosses mais preciso num ponto. As FARC afirmam que combatem em 60 Frentes, distribuídas por todo o território nacional. É muito, mesmo num país 13 vezes maior do que o meu. Entretanto, o governo de Uribe e toda a imprensa — basta ler "El Tiempo" — sustentam que nos últimos meses, segundo o alto comando do exército, este alcançou grandes vitórias militares. Então, pergunto: que há de concreto sobre a situação militar durante esse período? Houve alguma mudança importante? Porventura as FARC são actualmente mais débeis do que quando Uribe tomou posse, quando Pastraña acabou com a zona desmilitarizada? Ou as FARC mantêm intacta a sua capacidade militar?

Ricardo: As FARC estão intactas e podemos afirmar que, tal como o seu comandante chefe, que goza de excelente saúde, assim está o corpo total das FARC, como força de combate.

MUR: A propósito do que afirmas, disseram que o comandante Marulanda estava com um cancro em fase terminal, num hospital brasileiro, no Mato Grosso. Isso apareceu na imprensa internacional, creio que na CNN. Algum comentário?
Ricardo: Imagina. Já mataram Marulanda umas 50 vezes, mais ou menos e essa é apenas outra morte prematura do nosso comandante-chefe. Como se costuma dizer, «os mortos que matais gozam de excelente saúde!». É o caso do nosso comandante-chefe.
MUR: Outra questão, agora sobre a reeleição de Uribe. Trata-se, se a memória não falha, da segunda tentativa, porque a primeira não passou no Senado. A nova manobra partiu, creio, da embaixadora da Colômbia em Madrid, ex-ministra e ex-candidata à Presidência da Republica. Que possibilidades tem isto de ir adiante e qual o efeito eventual destas manobras no debate em torno da troca de prisioneiros?
Ricardo: Bom, a aspiração de Uribe é converter-se num pequeno César.
MUR: Uribe é fascista? As FARC identificam-no como fascista?
Ricardo: Exactamente, é um fascista integral. Ele não esconde, digamos, a sua simpatia por esse tipo de fenómeno político e trata de reeditar Hitler noutro contexto, e inspira-se muito no seu mestre e chefe, que é o Sr Bush. Então nesse sentido temos pela frente um regime que utiliza todos os meios, inclusive inconstitucionais, na sua estratégia autocrática. Utiliza concretamente o sector financeiro e o industrial. Inclusivamente, agora, os postos-chave como o Ministério da Defesa e o do Interior e da Justiça foram atribuídos a gente que vem dos grupos económicos mais influentes na oligarquia. Então, coloca-se uma questão. Tanto pela sua situação de classe como pelo facto de exercer o poder, desencadeia a repressão arbitrária. Os direitos constitucionais dos detidos são desconhecidos. Agora qualquer colombiano tem de se registrar obrigatoriamente perante um notário, informando qual o lugar de residência, com quantas pessoas vive, etc. E mais. Se quer mudar para outra cidade tem de pedir autorização. Na pratica, a Colômbia está a ser transformada num imenso cárcere. Muitos cidadãos cumpriram 6, 8 ou 10 meses de prisão e depois as autoridades foram forçadas a libertar esses detidos porque não encontraram qualquer indício de que fossem auxiliares da guerrilha ou que mantivessem contactos com o movimento insurgente. Qualquer tipo de protesto social implica punições. Há tortura, há prisão, há execuções extrajudiciais. Isso é o que estamos vivendo os colombianos neste momento, enquanto lá fora o Sr. Álvaro Uribe Vélez fala da tal segurança democrática global, que não é mais do que o seu desejo de converter a Colômbia num imenso quartel.
MUR: Passemos à situação internacional. A humanidade vive uma crise de enorme complexidade, uma crise de civilização, e neste momento — apesar do seu colossal poder militar, económico e político — o sistema de dominação imperial, com a sua ambição planetária atravessa uma crise, diferente das anteriores. Seria uma crise estrutural. Os enormes défices comercial e orçamental e a gigantesca divida externa, a maior do mundo, explicam a agressividade crescente do sistema. Hoje não existiria, na perspectiva deles, outra saída para a crise senão a das guerras preventivas e do saque dos recursos naturais de outros povos. Pergunto se as FARC acham correcta essa tese, defendida por eminentes cientistas marxistas, como o húngaro István Mészaros, que retoma a frase de Rosa Luxemburgo “socialismo ou barbárie”? Segundo Meszaros, a saída positiva desta crise somente pode ser o fim do capitalismo. Pergunto: acreditam as FARC que o marxismo, a herança de Marx e Lenine podem desempenhar um papel importante na construção do futuro?
Ricardo: Com toda essa recomposição do capitalismo, os políticos neoliberais trataram de apagar a questão das lutas de classes, esforçam-se por mudar a própria linguagem. Negam inclusive a existência do imperialismo como tal e o que vemos é ouvi-los bramar que chegou o fim da história com a queda do campo socialista. Ora, nem sequer desapareceu a fome do mundo. Pelo contrario, as desigualdades sociais aumentam, e não apenas nos países da América Latina, mas também na própria Europa e no interior dos EUA. Obviamente, os recursos estratégicos também começam a escassear. O caso do petróleo, por exemplo, que é um problema sério para os EUA e para os países mais desenvolvidos, bem como as questões do meio ambiente e problemas como o da água potável e as suas reservas mundiais. Isso exige do Império uma revisão estratégica. Entre os problemas do Hemisfério figura a questão da bacia amazónica na qual se concentra a sexta parte da agua potável do planeta Terra, assim como a maior biodiversidade e gigantescos recursos e minérios estratégicos. Vemos que os Estados Unidos não escondem o seu desejo de apropriar-se dessas riquezas na América Latina, tal como já principiaram a faze-lo no Iraque e no Afeganistão com o petróleo e o gás. Regista que, com tudo o que estamos vendo desde o 11 de Setembro, o império foi ferido no coração e começa a agitar-se desordenadamente. Aventurou-se no Afeganistão, desencadeou a guerra contra o Iraque, pensando que era um passeio para derrotar Saddam Hussein que, digamos, pode ter sido o que foi como ditador, mas era o presidente de um país soberano. Os Estados Unidos, ignorando as Nações Unidas, atribuíram-se o direito de entrar ali para impor a sua nova ordem económica e a sua nova ordem internacional. E aí está o pântano em que se atolaram. Acontece que os povos não estão de joelhos, e o povo do Iraque, recorrendo à guerra de guerrilhas, está a causar grandes baixas ao exército mais poderoso que a humanidade conheceu e enfrenta com êxito também os outros exércitos de ocupação, o inglês, o espanhol e o italiano. E as repercussões começam a senti-las aqueles que planificaram esta guerra de extermínio, esta guerra injusta, esta guerra de agressão, esta guerra maldita contra o povo iraquiano. Por isso, penso na tragédia que foi a morte em Espanha de gente inocente, o senhor Aznar está neste momento a receber o castigo por ter envolvido o seu povo na guerra que ele procurou, apesar dos espanhóis a condenarem majoritariamente. Está recebendo no seu território os toques de uma guerra pela qual optou para defender os interesses estadunidenses no Médio Oriente. Isso tornou-se agora transparente. A situação em Espanha provocou a queda do Partido Popular. Quanto à América Latina, vemo-la em convulsão desde a Argentina, em choque com o Banco Mundial e o FMI, passando pela Bolívia com esse levantamento popular e o que está ocorrendo no Equador, no Peru, no Haiti, na Colômbia. Quer dizer, estamos vivendo um momento de auge na luta dos povos. Creio que este Império se sente mortificado por não poder aplicar a sua política de globalização tal como pretendia, utilizando a dominação das grandes transnacionais. Os povos não a aceitam e a luta vai intensificar-se com confrontações violentas. Os movimentos anti-guerra na Europa desenvolveram-se e começam a sentir-se os seus efeitos em todo o planeta. Com cada povo a empregar a forma de luta da sua escolha podemos entre todos ir gerando uma corrente de opinião e de resistência e fazer recuar o fascismo e o projeto de ditadura mundial que o império quer impor-nos. O fato de as FARC neste momento, com as armas na mão, recebendo todo o peso da agressão do exército colombiano, ajudado econômica e militarmente – e, não esqueças, com a ajuda da alta tecnologia dos EUA e da sua inteligência militar – se manterem firmes, insisto, essa luta das FARC é uma grande contribuição para as lutas revolucionárias no mundo. Estamos em combate sem ter sofrido as baixas que eles anunciam. Na pergunta anterior tu falavas das 60 frentes e, efetivamente, nós temos 60 Frentes funcionando. Esse dado é oficial das FARC, e confirmado pela inteligência militar que sempre diz que as FARC contam com 18 000 homens. Nós não sabemos quantos somos exatamente. Talvez o saiba Manuel Marulanda Vélez, mas pelo que dizem os jornais e os balanços do inimigo, chega-se à conclusão de que eles mataram ou prenderam 23 mil guerrillheiros. Estão tomando os seus desejos pela realidade. E esta é bem outra. Pelo contrário, as FARC continuam crescendo em combatentes e em extensão territorial. O que acontece é que a confrontação, nesta fase, desde que o Sr Álvaro Uribe Veléz rompeu o diálogo e assumiu a Presidência, apenas está começando. As FARC não podem pôr-se a lutar no momento em que o governo e o exército ou os gringos gostariam que elas o fizessem, digam eles o que disserem… Não. As FARC reservam-se o directo de dar combate no momento que o julgarem oportuno e necessário. Estamos tranquilos, acompanhando com muito otimismo a marcha dos acontecimentos. Os próximos anos dirão se temos ou não razão, mas do ponto de vista militar é utópico pensar que vão encurralar as FARC ou exterminá-las. Precisamente em Outubro do ano passado as FARC promoveram um plenário para a reestruturação de toda a sua linha de comando, começando pelo secretariado Nacional, pelo Estado Maior Central, pelos estados maiores dos Blocos, pelos estados maiores de Frente e pelos e pelos estados maiores de colunas de combate. Quer dizer, a direcção está garantida para o futuro, sem sobressaltos, aconteça o que acontecer. Na confrontação estamos tranquilos: Qualquer que seja o desfecho da revolução na Colômbia, as FARC sempre estarão presentes.
MUR: Ricardo, voltando um pouco à questão do imperialismo, acreditas que efetivamente a alternativa, se o capitalismo for erradicado, seja entre socialismo e barbárie? Que papel teria o marxismo? Em todo o debate em torno do binômio movimentos / partidos não faltam intelectuais e dirigentes políticos para os quais a solução na luta contra o neoliberalismo resultará fundamentalmente de ação dos movimentos sociais. Recordo intervenções em que Fausto Bertinotti, de Rifondazione Comunista, defendeu uma posição surpreendente. Segundo ele, o desaparecimento do capitalismo será o resultado de uma luta de carácter revolucionário, conduzida pelo movimento dos movimentos. Entretanto, outros — é o meu caso / concluem que cabe às organizações e partidos revolucionários cumprir um papel insubstituível. Que pensas desse debate?
Ricardo: Nós nunca negamos que somos uma organização marxista-leninista. Nas FARC uma esquadra é composta de 12 homens ou mulheres e simultaneamente é uma célula do partido comunista e nela educamos combatentes no pensamento marxista-leninista. Acreditamos que essa posição mantém plena atualidade. Alem disso juntamos ao marxismo o pensamento bolivariano por consideramos que Bolívar tem muito que fazer na América Latina. Mais, Bolívar hoje é uma grande preocupação para Washington. Os estrategos e ideólogos do sistema temem que Bolívar saia do túmulo, empunhando novamente a espada libertadora. No Documento Santa Fé 4, os gringos manifestam a preocupação de que esse pensamento bolivariano possa alastrar-se por toda a área andina e sul americana. Estamos noutra época, mas o pensamento da unidade latino-americana permanece vivo e a ameaça de sermos submetidos pelo império acentua-se. A ideia de criar governos que proporcionem felicidade aos seus povos é uma exigência continental. E a de constituir exércitos libertadores não perdeu atualidade. Então, verificamos que Bolívar tem muito que fazer por aqui.
Acreditamos que o socialismo é plenamente atingível e que a própria globalização contribuiu para nos aproximar da futura transição. Não podemos afirmar que existe uma única via para enfrentarmos o império e dar o salto. Não. Certamente em determinados países será mais difícil. Por exemplo, nós, neste momento, como Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, pelas condições que nos impõe o regime de Uribe Vélez, estamos colocados numa situação muito mais complexa do que outras organizações revolucionárias do passado recente, quando existia o campo socialista e podia chegar ajuda econômica. Nós sofremos as consequências do intercâmbio dos serviços de inteligência e de assessoria militar, de treino de batalhões especiais, etc. Somos uma guerrilha forçada a autoabastecer-se em todos os domínios, incluindo a compra de armas no mercado negro e o seu fabrico, como aliás já estamos a fazer no tocante à produção de armas caseiras, indispensáveis numa luta tão desigual do ponto de vista tecnológico, fundamental na guerra moderna. Acreditamos que caminharemos para um socialismo com as características e a idiossincrasia colombianas para o que certamente teremos de analisar todos os tipos de socialismo que existiram desde a União Soviética, a própria China, a Coréia, o Vietnam, a Cuba socialista, e de tudo isso extrair o positivo que houve e aplicá-lo às condições do desenvolvimento e das forças produtivas na Colômbia. Mas nós não acreditamos que exista uma terceira via. Cremos que a opção será entre socialismo ou barbárie. E a barbárie já sabemos quem a promove, o imperialismo que não desapareceu. Pelo contrário, está hoje mais vivo e perigoso do que no passado e nós, revolucionários, depois do que ocorreu na URSS e na Europa do Leste, estamos em desvantagem. Contudo, na Colômbia somos muito otimistas e assumimos coincidentemente o peso da responsabilidade histórica do momento.
MUR: Agora uma questão muito delicada: o tema da droga. Uma campanha de âmbito mundial está hoje em todos os continentes e dificulta muito a mobilização da solidariedade. Ela tem como argumento permanente e principal a acusação de que as FARC seriam uma organização intimamente ligada aos cartéis da droga. Eu sei que foi um diplomata estadunidense, Louis Stamb, ex-embaixador em Bogotá, quem, um dia, durante uma reunião no Pentágono, para com o qual colaborava, afirmou que era necessário inventar um slogan que pudesse criar uma legenda negra em torno das FARC. Nessa mesma reunião, sob proposta sua, nasceu a expressão «a guerrilha do narcotráfico» ou «narcoguerrilha» para desmoralizar as FARC.
Pergunto: que respondem as FARC à montanha de acusações que a apresentam comprometida com os cartéis da droga? Os seus adversários sustentam que é uma organização milionária e que não poderia, sem os milhões do tráfico da cocaína, atuar como atua. Inclusive muitos intelectuais de esquerda temem demonstrar solidariedade com as FARC por acreditarem que a organização mantém efetivamente laços com o narcotráfico. Que tens a responder a essas acusações?
Ricardo: Contra nós sempre houve campanhas de desprestigio. Quando não existia o narcotráfico na Colômbia diziam que éramos a quinta coluna do imperialismo soviético, que as FARC eram financiadas pelos soviéticos e que somente por isso existiam. Depois trataram-nos como bandoleiros ou simples delinquentes comuns. Posteriormente sim, o senhor Stamb, como disseste , forjou o epíteto da narcoguerrilha, e com frequência nos chamam também narcoterroristas ou simplesmente terroristas. É uma campanha bem orquestrada e montada em momentos escolhidos. Qualquer pessoa pode aperceber-se de que o negócio do narcotráfico é um negócio eminentemente capitalista, que na Colômbia, pelas condições específicas da aplicação das políticas neoliberais arruinou o campo, tirou da circulação um milhão e quinhentos mil hectares de terras, antes dedicadas ao cultivo do café, arruinou também toda a economia do sorgo, arruinou toda a economia de outro produto, o algodão. Os camponeses começaram a cultivar marijuana ou a plantar coca e isso foi em certa medida tolerado pelos governos colombianos. Os narcotraficantes na década de 80 estavam metidos em todas as camadas sociais do país. O próprio Pablo Escobar, o rei da droga, fez-se eleger para a Câmara de Representantes nas listas do Partido Liberal. E nos aviões dos narcotraficantes colombianos viajavam desde o presidente já falecido, o Sr. Carlos Lleras Restrepo, até aquilo que vimos com o narcopresidente Ernesto Samper, que foi eleito com os dinheiros do narcotráfico. Recordo um episódio expressivo da hipocrisia dessa sociedade colombiana. Quando o Papa João Paulo II visitou a Colômbia, os cartéis da droga reuniram uns três milhões de dólares para os oferecerem a obras sociais do Vaticano.
MUR: E o papa aceitou?
Ricardo: Certamente não soube donde procedia esse dinheiro, mas ele chegou às mãos do chefe da Igreja católica. Recordarás que Pablo Escobar era um homem muito religioso; rezava à Virgem Maria antes de colocar as bombas. Mas, enfim, como sabes, o narcotráfico contaminou todas as estruturas da sociedade colombiana, desde o Parlamento aos grandes banqueiros e industriais, aos juizes e outros magistrados e à alta oficialidade do exército colombiano… Inclusivamente aviões da Força aérea levavam droga para os EUA. O navio numero 1 da armada colombiana, o «Glória», foi interceptado quando transportava cocaína. Até no avião presidencial, quando o dr. Ernesto Samper Pizarro ia visitar os EUA, encontraram cocaína. Mas obviamente esse negócio é dos mais rentáveis do planeta. Está quase no mesmo nível dos armamentos. Aqui o capital circula com muita rapidez; analistas do problema calculam que há em circulação 550 bilhões de dólares no mundo, produto do narcotráfico. Desses 550 bilhões a parte da América Latina é apenas de 20 bilhões dos quais chegaram à Colômbia 5 5 bilhões segundo os mais otimistas, embora se admita que a Colômbia produz 80% da cocaína do planeta. Onde permanece esse dinheiro? Dentro do império; o grande negócio é dos próprios EUA. Durante os dois mandatos de Clinton a economia dos Estados Unidos cresceu a um ritmo de 6,11%. Porque, claro, esses capitais provenientes do narcotráfico irrigavam como torrente financeira a economia norte-americana. As FARC propuseram aos EUA e às Nações Unidas e a todos os governos do mundo que estivessem interessados em dar combate real ao narcotráfico uma política clara de substituição de culturas, de ataque em profundidade à questão. Nós recebemos os ataques dos grandes cartéis da droga porque tivemos de os enfrentar militarmente porque a verdadeira aliança está entre os narcotraficantes e os paramilitares, os homens de alguns comandos militares colombianos e toda a apodrecida casta política colombiana enlameada pelo negócio. São eles realmente que o dirigem, pois podem sair do país e entrar nele sem problemas. Nós não podemos sequer mover-nos livremente no território nacional, porque nos perseguem por todo o lado. Como sabes, desde a época da guerra fria, todo o Caribe e o Pacifico, a Amazônia e a região andina estão infestadas de radares dos Estados Unidos. Nós dissemos aos gringos: deixem de ser hipócritas; o problema é vosso e vocês tiram lucros dele. Calcula-se que nos EUA, neste momento, haverá uns 25 milhões de consumidores diretos da droga. Se admitirmos que cada habitante consumidor de droga afeta quatro ou cinco pessoas, chega-se á conclusão de que uns 120 a 125 milhões estão envolvidas no problema. Para combater dentro dos Estados Unidos o flagelo dos narcóticos, o governo, para reduzir 1% do consumo no seu território, curando viciados, promovendo campanhas nas universidades e colégios e entre a população em geral, gastaria cerca de 180 milhões de dólares. Se dentro dos EUA se fizesse a mesma campanha, mas tendo por complemento o combate sério à entrada da droga no país, então, para se obter a mesma redução de 1% a administração federal gastaria 380 milhões de dólares. A hipocrisia é inocultável. Não combatem o problema nos EUA, mas levam a guerra contra a droga à Bolívia, ao Peru, ao Equador, ou à Colômbia e então os custos para reduzir o consumo na mesma percentagem de 1% elevam-se a 780 milhões de dólares. Por outras palavras, seria mais produtivo para os EUA o combate no interior do seu próprio território. Nós propusemos no I Encontro Internacional sobre o Combate a culturas chamadas ilícitas e ao narcotráfico, propusemos, recordo, à União Européia e ao presidente Pastraña substituir essas plantações à base de um estudo realizado num município chamado Cartagena del Chairá, onde existiam para o efeito 7.200 hectares de plantações de coca. A ideia era formar ali um grande laboratório experimental, realizar um teste para provar que se pode efetivamente combater o narcotráfico em profundidade. Mas, como te disse, logo levantaram-se contra nós esses fantasmas que servem de pretexto aos EUA para agredir militarmente a Colômbia e esconder o verdadeiro motivo do Plano Colômbia, que é um plano contrainsurrecional para acabar com as FARC, para implantar o seu domínio no país, agredir a Venezuela e, além disso, apropriar-se da região. Já antes falamos da Amazônia a propósito da cobiça despertada pelas suas riquezas. Lamentamos muito neste momento tão difícil que amigos nossos continuem acreditando em infâmias que visam desacreditar a nossa organização guerrilheira. Sempre condenamos o narcotráfico como crime contra a humanidade. Sabemos dos males que causa sobretudo entre a juventude. Nós, nas áreas onde estamos implantados, condenamos com muito rigor o consumo de estupefacientes. Sendo majoritariamente camponesa a guerrilha das FARC, é uma guerrilha sadia. Os camponeses da Colômbia, os próprios camponeses dos EUA, tal como os de Portugal, da Argentina ou da Venezuela são gente sadia, que nunca utilizou drogas. Quem as consome são os estadunidenses urbanos, quero dizer, milhões deles, o que demonstra o alto grau de desequilíbrio moral dessa sociedade. O mesmo acontece na Europa. Na Colômbia nós não estamos metidos no negócio, mas a partir de calúnias afirma-se que as FARC são um movimento milionário, o que dá vontade de rir porque ninguém sabe com que sede o outro vai ao bebedouro. Nós somos uma guerrilha autárquica e vimo-nos obrigados a autofinanciar-nos em todas as coisas. Há grandes indústriais patriotas que contribuem para as FARC, tal como proprietários de grandes fazendas, que também nos ajudam. As FARC mantêm na Colômbia negócios rentáveis que facilitam o seu abastecimento. Obviamente como é uma guerra que nos foi imposta e são os ricos quem tem o dinheiro, os potentados que se beneficiam do suor e das lágrimas do nosso povo, às vezes tivemos de recorrer a retenções de pessoas, os chamados sequestros, mas não esqueças que na ultima etapa, a partir de El Caguán, as FARC promulgaram a lei 002 , mediante a qual qualquer cidadão, nacional ou estrangeiro, cujos lucros excedam um milhão de dólares tem que pagar às FARC 10%. Estamos cobrando esse imposto e para o cobrar não pode ser com flores. Temos de agir porque as FARC, quando promulgam uma lei, é para ser cumprida. Neste momento, cada vez mais industriais, mais banqueiros, mais transaccionais tocam à porta das FARC para saber quanto têm de nos pagar. Mas obviamente o custo de manutenção de um exército como o nosso é muito elevado. Enfrentamos dificuldades de toda a ordem. Essa situação impede-nos de ter acesso à alta tecnologia de armamentos. A França, os EUA, as Nações Unidas pedem-nos que não utilizemos as minas «quiebra patas» e outras armas não convencionais. Mas, que fazer? Como já somos um estado pequeno e em formação, dizemos aos ingleses e aos estadunidenses, aos gringos em geral que se lhes dói muito o recurso às minas «quiebra patas», então que nos abram um crédito, que nos vendam armas convencionais .

MUR: Como são as minas «quiebra-patas»? Explica como traduzir isso? São minas pessoais? Ricardo: Sim, são minas pessoais que nós, combatentes das FARC, fabricamos. Numa lata de sardinhas coloca-se X quantidade de explosivos e metralha, pregos, pedaços de ferro, etc. E é isso que vem colando o exército colombiano ao terreno.
MUR: Quer dizer… Vocês não têm mísseis?
Ricardo: Não. Não temos mísseis?
MUR: Nunca foram acusados disso?
Ricardo: Uma vez viram algures uns camponeses com um carro velho pintado como se fosse um míssil e então disseram que sim, afinal, já tínhamos mísseis. Uma estória que nos divertiu. Não, não contamos com essas armas sofisticadas. Em matéria de armas temos o que viste nos acampamentos do Caquetá. Uma ou outra escopeta…
MUR: Ricardo, uma última pergunta. O governo de Uribe nega-se a discutir com as FARC o problema da troca de prisioneiros, mas ao mesmo tempo mantém um diálogo quase amistoso com os paramilitares de Carlos Castaño e Salvatore Mancuso, responsáveis por incontáveis crimes. Como vêem as FARC essa contradição?
Ricardo: Eu não diria que existe dialogo entre Uribe e os paramilitares. O que há é um monólogo entre eles. O Sr Uribe orgulha-se de lhe chamarem paramilitar, porque ele vem daí… Deveriam perguntar ao Sr Uribe o que fazia na Aeronáutica Civil quando foi diretor nacional. Então entregou uma quantidade de pistas de aterragem aos narcotraficantes colombianos. O Sr Uribe tem um passado horrendo nesse campo. Agora, velhos conhecidos reunem-se e procedem a uma divisão social do trabalho. Votaram por Uribe e prestaram-lhe toda a ajuda. Agora recebem a recompensa pelos serviços que prestaram ao Sr Uribe noutras épocas. Foi muito generoso com eles e continuará a sê-lo. Não há diálogo, assistimos a um monólogo.

MUR: E a troca de prisioneiros? O governo aí está intransigente. Recusa-se...
Ricardo: O Sr Uribe trata de se mostrar intransigente perante um clamor que é nacional e que já transcende as fronteiras colombianas. O que existe na Colômbia é um conflito interno de duas forças, uma irregular, no caso as FARC, e a outra o exército oficial. Nós temos prisioneiros de guerra, tal como o estado colombiano tem prisioneiros de guerra das FARC nas suas masmorras. O Sr Uribe simula desconhecer que os seus oficiais do Exército e da Polícia e da Marinha, assim como membros dos serviços de inteligência, como o DAS e o F2, estão em poder das FARC, presos em combate por defenderem um regime putrefacto, insensível ao drama que a sua gente vive. Nós propusemos a troca de prisioneiros e a proposta permanece válida.
MUR: Quantos prisioneiros têm as FARC em seu poder?
Ricardo: Neste momento calcula-se que uns 50 ou 60 oficiais do exército e da polícia estão em poder das FARC. E alem disso personalidades representativas da classe política colombiana. Conforme declarou o comandante Raul Reyes, todos estão em bom estado de saúde, embora suportando, claro, as incomodidades próprias da selva, mas tratados sempre com dignidade e decoro. No caso das FARC são respeitados como prisioneiros de guerra e o tratamento que recebem é o mesmo dispensado aos nossos guerrilheiros. Não existe discriminação. Acreditamos que a troca terá de caminhar neste governo ou noutro que compreenda a necessidade de abrir as comportas para o entendimento entre colombianos. Por isso, a pretensão do Sr Uribe de se perpetuar no poder é uma piada e uma ameaça. Há sectores sociais, sobretudo em nível da grande imprensa, que magnificam o grau de aceitação que tem o atual presidente na população. Mas estamos golpeando muito o sistema e até «El Tiempo» tem que começar a noticiar essas coisas. As minas anti-pessoais estão provocando uma tremenda sangria no exército. Isso também terá que ser analisado pelo povo colombiano.
A guerra não traz nada bom aos povos, a guerra só deixa desolação e morte. Aqui temos um presidente que fala diariamente de guerra quando nós dizemos que queremos dialogar com um governo que esteja realmente empenhado em abrir as comportas para uma solução dialogada ao conflito social armado que a Colômbia vive.
MUR: Bom, chegamos ao fim. O tema é inesgotável, poderíamos falar durante horas da luta das FARC, mas creio que disseste coisas importantes. Queres acrescentar alguma coisa?
Ricardo: Sim. Quero agradecer a solidariedade dos comunistas portugueses, dos camaradas do teu partido à nossa luta. Para os camaradas portugueses e em especial para Álvaro Cunhal vai a mais fraterna, revolucionaria e combativa saudação marxista-leninista. Partidos como o PCP demonstraram grandeza e firmeza ideológica. Nós admiramo-los profundamente. Lemos e estudamos o «Partido com Paredes de Vidro» e ainda aprendemos com ele. Creio que os comunistas portugueses podem sentir-se orgulhosos por não ter fraquejado quando a cobardia começou a tomar conta do mundo. Agora mais do que nunca sentimo-nos próximos de vocês em tudo. Para o PCP uma saudação das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia e oxalá surja a oportunidade de nos visitarem em nossos acampamentos nas montanhas e que alguma delegação nossa possa também receber esse calor dos comunistas e do povo português que, apesar da distancia, estão próximos, na nossa mente e no nosso coração.
Março de 2004, em algum lugar no México.
O original encontra-se no semanário Avante!
Si prefiere leer la versión castellana puede descargarla aquí. Clique con el botón derecho del ratón y seleccione 'Save as': entrevista_cmte_farc_esp.rtf Este artigo encontra-se em http://resistir.info .
23/Abr/04

Agência de Notícias Nova Colômbia: Rodrigues Chacín Deu novos detalles sobre a fase final da Operação Emmanuel

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REDNOTIC Revista Eletrônica de Notícias Internacional da Contrainformação.
"A Contrainformação é o contraponto à Média Burguesa Internacional".
Edição Bloger No. 0006 - Ano I - Dezembro/2007.
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Agência de Notícias Nova Colômbia: Rodrigues Chacín Deu novos detalles sobre a fase final da Operação Emmanuel

Segunda-Feira, 31 de Dezembro de 2007
- Um 2008 Próspero e Feliz a Todos os Leitores de REDNOTIC !...

Rodrigues Chacín Deu novos detalles sobre a fase final da Operação Emmanuel
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De Rádio Café Stéreo - Escrito por YVKE Mundial (Luigino Bracci Roa)
O Coordenador Especial da Operação Emmanuel, Ramón Rodrigues Chácin, deu declarações este domingo, às 14:15 hs., no Hotel Meliá, em Caracas, dando detalhes importantes sobre como se realizará a operação de resgate de três pessoas que seriam libertadas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) nas próximas horas.Rodrigues Chacín foi enfático ao assinalar que ninguém tem as coordenadas enviadas pelas Farc sobre o local de entrega. No entanto, suas declarações apontam que a terceira fase da operação Emmanuel se desenvolverá da seguinte maneira:O início da terceira fase: Ao receber as coordenadas, Rodríguez Chacin se deslocará imediatamente para Villavicencio, Colômbia, possivelmente num avião Falcon que lhe garantirá chegar ao local em umas duas horas e meia. Então, com autorização do Presidente Hugo Chávez, se iniciará a operação.O momento: “Estimamos iniciar a operação assim que clarear o dia. Ao raiar o sol em Villavicencio sairemos para ter tempo o suficiente e necessário para finalizar a operação antes do cair da noite. Se tivermos que ir a diferentes heliportos, ou irmos a alguma vila, ou ir a duas, ou três vilas para buscar informações em caixas postais que existam nesses lugares, o faremos e nesse mesmo dia temos a intenção de retornar.”No entanto, não está descartado que a operação possa de iniciar à tarde ou em horário noturno. Disse Rodríguez Chacín: “Temos a capacidade de trabalhar 24 horas por dia, temos todos os recursos para fazê-lo”. Indicou que as aeronaves venezuelanas MI-172 têem capacidade para vôos noturnos pelo que, se for necessário realizar uma missão noturna, comunicar-se-ia à Cruz Vermelha desta situação, garantindo-se a segurança, se poderia partir em horário noturno para cumprir a missão. As coordenadas: É de se observar que as coordenadas que haverão de chegar possivelmente não serão as do ponto exato de liberação, mas de um ponto intermediário, por exemplo, um heliporto clandestino onde haveriam novas coordenadas, e talvez de lá a deslocar-se a um terceiro ponto. E talvez dali tenhamos que caminhar por terra um trecho, “por medidas de segurança dos guerrilheiros, que são compreensíveis”, explicou igualmente Rodríguez Chacín. Disse tambem que tem avaliado que não sejam coordenadas geográficas tradicionais, mas uma direção abalizada de um povoado ou de uma vila onde deva se solicitar a alguma pessoa que entregue os dados das Corrdenadas Geográficas emitidas. “Tudo isso está previsto e consolidado, tenham certeza de que iremos conseguir.”*
A operação poderia se atrasar alguns dias Por sua vez o chanceler Nicolas Maduro deu declarações às 15:35 hs deste domingo indicando que a operação poderia atrasar alguns dias. No entanto, confirmou que estão em contato permanente com a guerrilha e pediu aos jornalistas calma e paciência.
*
A respeito da espera
Sobre o aparente atraso no envio das coordenadas, recordou o ministro venezuelano Ramón Rodrigues Chacín que “no território colombiano existem operações militares e é no meio dessas operações que eles (os membros das FARC) vão liberar os retidos. Eles não podem se comunicar pelo rádio porque poderiam ser "interceptados ou localizados”. Igualmente, indicou, os guerrilheiros necessitam planejar uma operação de retirada para evitar serem capturados por forças militares colombianas, que possam estar espreitando-os, uma vez terminada a operação de entrega dos Refens. Diante da pergunta de um jornalista, sobre a possibilidade de que os familiares passem o ano novo em companhia dos liberados, Rodríguez Chacín disse que seria irresponsável de sua parte assegurar isso. Pediu paciência, calma e cabeça fria aos profissionais de imprensa. Sobre o ponto de retorno, será o Presidente Chávez que determinará uma vez que se recuperem os liberados. Mas garantiu que eles serão transladados ao território venezuelano para serem entregues aos familiares, que permanecerão em nosso país. Não posso especificar se eles continuarão em Caracas (neste momento estão hospedados no hotel Meliá) ou se irão para Santo Domingo, ou outra base militar. Explicou Rodríguez Chacín que a Colômbia tem dado total apoio à operação, em especial o Alto Comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, e lembrou que “não há um prazo para terminar a operação.”
*
Ex ministro do Presidente Chávez
Ramón Rodriguez Chacín foi ministro de Relações Interiores do governo do Presidente Hugo Chávez entre janeiro e abril de 2002. Quando ocorreu o golpe de estado em 11 de abril desse ano, uma comissão da polícia de Baruta e da Polícia de Chacao foi detê-lo em seu apartamento situado em Santa Fé, uma área de classe média alta do sudeste de Caracas.Ali, um grupo de uns 200 vizinhos cercou o lugar. Aparentemente o prefeito do município, Henrique Radonski, ordenou retirá-lo pela entrada principal do edifício, onde estavam seus vizinhos, que gritavam insultos e o atacaram até que foi colocado na viatura. Uma de suas vizinhas gritava que “não ia permitir que um guerrilheiro se mudasse para seu lado”. Todos estes fatos foram transmitidos ao vivo por canais de televisão privados. Logo depois do retorno do presidente Chávez ao poder, Rodrigez Chacín continuou em seu gabinete por algumas semanas e logo se retirou do cargo. Foi mediador para obter a libertação de Antonio Nagen e Richard Boulton, dentre outros seqüestrados por grupos ilegais colombianos.
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Enlace original
às 20:17

domingo, 30 de dezembro de 2007

Agência de Notícias Nova Colômbia: Medidas de Uribe dificultam a entrega das coordenadas

Agência de Notícias Nova Colômbia: Medidas de Uribe dificultam a entrega das coordenadas

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REDNOTIC Revista Eletrônica de Notícias Internacional da Contrainformação.
"A Contrainformação é o contraponto à Média Burguesa Internacional".
Edição Bloger No. 0005 - Ano I - Dezembro/2007.
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31/12/2007 - 00h33
Cruz Vermelha pede que Farc digam onde estão os reféns
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da Folha Online
A diretora da Delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Colômbia, Bárbara Hintermann, pediu neste domingo (30) às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que digam as coordenadas para a libertação da ex-candidata à vice-Presidência Clara Rojas, 44, seu filho Emmanuel, 3, nascido em cativeiro, e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo.
Hintermann disse que o pedido é "meramente humanitário", lembrando que a espera dos parentes dos três reféns tem sido longa.
Neste domingo, a operação de resgate dos três reféns foi adiada novamente em razão da falta de informação sobre as coordenadas de sua localização. A operação, idealizada pelo governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é esperada há dois dias.
A diretora da Cruz Vermelha disse sua organização está preparada com toda a logística para buscar os reféns a qualquer momento.
Em Caracas, o governo venezuelano expressou sua confiança na breve libertação dos reféns, mas reconheceu que o processo pode demorar mais alguns dias.
Os delegados de sete países fiadores da operação humanitária, entre eles o ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner e o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência do Brasil, Marco Aurélio Garcia, chegaram no sábado a Villavicencio para participar do resgate dos três seqüestrados em algum ponto do sudeste da Colômbia.
Helicópteros
Em Villavicencio (a 95 km de Bogotá) aterrissaram domingo dois novos helicópteros venezuelanos civis, tipo Bell, que se somaram à frota de dois helicópteros militares MIM-17 com emblemas da Cruz Vermelha que estão estacionados no local desde sexta-feira.
As duas aeronaves são menores que os MIM-17 e podem ter maior margem de manobra que os helicópteros militares, "caso as condições do local (onde o resgate dos reféns será feito) sejam mais difíceis que o previsto", disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, à televisão estatal VTV.
O presidente venezuelano disse no sábado à noite que espera que a libertação dos três reféns da guerrilha ocorra até a virada do ano, mas considerou que existem setores 'dentro e fora da Colômbia que apostam no fracasso' da missão.
As Farc anunciaram no dia 18 de dezembro a libertação das duas mulheres e do menino como "ato de desagravo" a Chávez pela decisão do governo colombiano de pôr fim a seu papel de mediador para um acordo humanitário que conduza à troca de 45 seqüestrados por 500 guerrilheiros presos.
A espera une as famílias dos seqüestrados, os emissários envolvidos e até os mais de 150 jornalistas que acompanham o caso mais de perto. Porém, os guerrilheiros ainda não liberaram as coordenadas necessárias para o resgate.
Maduro, pediu "paciência" e acredita que tudo se resolverá "nas próximas horas". Porém, as famílias de Clara Rojas e de Consuelo González de Perdomo, que esperam em Caracas, vêem aumentar o risco de a libertação não ocorrer este ano.
Com Efe
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Operação para resgatar reféns das Farc começa na sexta-feira
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre as Farc

Agência de Notícias Nova Colômbia: Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática

Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007

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REDNOTIC Revista Eletrônica de Notícias Internacional da Contrainformação. "A Contrainformação é o contraponto à Média Burguesa Internacional".
Edição Bloger No. 0003 - Ano I - Dezembro/2007.
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30/12/2007 - 18h25
Operação de resgate dos reféns das Farc sofre novo adiamento
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da Folha Online
O coordenador da operação "Emmanuel", Ramón Rodríguez Chacín, comunicou neste domingo que o resgate dos reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) sofreu novo adiamento. Ele também contrariou informações anteriormente divulgadas pela imprensa local de que a missão internacional já teria recebido as coordenadas para o local de resgate.
"O governo colombiano está colaborando, mas nem eles nem nós sabemos qual é o lugar da entrega.Tenham fé e certeza que isso vai acontecer tão logo tenhamos as coordenadas. É preciso ter paciência", afirmou Rodríguez Chacín, em conversa com jornalistas num hotel da capital venezuelana.
"No local já estão os helicópteros grandes e facilidades médicas. Tudo está pronto. Mas é preciso entender que a patrulha [das Farc] que se move com os reféns tem que tomar precauções", acrescentou.
Chacín prognosticou o êxito da missão "para os próximos dias". "[As coordenadas] podem chegar a qualquer momento", afirmou, sem fornecer maiores detalhes sobre a operação.
As Farc se comprometeram a entregar Clara Rojas (ex-assessora da ex-presidenciável colombiana Ingrid Betancourt), seu filho Emmanuel, 3, nascido no cativeiro, e a ex-congressista Clara González.
A guerrilha anunciou que libertaria os três reféns no último dia 18, como um "ato de desagravo" a Chávez, que foi afastado das mediações entre o governo da Colômbia e as Farc para a troca de cerca de 40 reféns por 500 rebeldes presos.
A missão de resgate é coordenada pelo ex-ministro venezuelano do Interior, Ramón Rodríguez Chacín, que tem negociado a libertação dos compatriotas seqüestrados na Colômbia. Helicópteros já estão em situada na região central da Colômbia, cerca de 500 quilômetros da fronteira com a Venezuela, à espera de que as Farc repassem as coordenadas do local exato de entrega dos reféns.
Participam da "operação Emmanuel", batizada em homenagem ao menino nascido em cativeiro, com representantes de da Argentina, Brasil, Bolívia, Cuba, Equador, França e Suíça, como o ex-presidente argentino Néstor Kírchner e o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Com France Presse e Efe
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Agência de Notícias Nova Colômbia: Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática

Agência de Notícias Nova Colômbia: Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática

Agência de Notícias Nova Colômbia: Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática

Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007

Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática
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Por nada, à esta altura do campeonato já não é mais segredo pra ninguém que a agenda uribista é a guerra,...
... e esta tem sido uma constante nos últimos governos que ocorreram na Colômbia. Os planos Colômbia, patriota e o cacarejado consolidação demonstraram claramente a ênfase na saída militar do regime, com a premissa de levar a insurgência de cadeira de rodas à uma mesa de negociações, para que negocie rendida, renunciando assim às mudanças que o país necessita. A oferta do governo é clara, desmobilização da insurgência à troco de táxis, consulados e uma ou outra bolsa ou posto burocrático.Apesar dos recursos públicos mal gastos nessa empresa sem sentido que é a guerra, apesar da Parapolítica, da falta de ética de nossos governantes, das privatizações de todas as empresas públicas, da corrupção que existe desde o âmbito local e regional ao nacional, apesar de todo o terrorismo de Estado e apesar de todo o impensável, a liberação de prisioneiros se impõe como um imperativo ético. A liberação de prisioneiros se impôs na agenda política da América Latina, apesar das conspirações que surgiram no Palácio, desde Washington. Nenhum lacaio de sete pés soube/pôde impedir que a insurgência tomasse a iniciativa e propusesse, fazendo boa política, que todos se impusessem o Intercâmbio Humanitário.Aí está, como um exemplo que corre o mundo, agora nas tvs a cabo internacionais, a vontade política da insurgência que no meio das campanhas de guerra impôs uma saída cívica, que o governo tentou sabotar até o último minuto, com a militarização de Villavicencio e com mais de 20 mil soldados mobilizados por ar, mas e terra para torpedear a entrega unilateral de prisioneiros. Aí está o abraço de uma avó em seu neto, demonstrando que quando há vontade política tudo é possível, inclusive o impossível.Este acontecimento, apresentado pela imprensa burguesa como uma amostra a mais do tesão uribista, o que na realidade demonstra a tremenda debilidade do regime. A agenda política da liberação de prisioneiros não cabia na segurança democrática, pois os gestos humanitários contradizem o espírito e a filosofia Uribista, que é a guerra e somente a guerra.Esta liberação tem vários protagonistas, muito obrigado à todos eles, o tesão da negra Piedad Córdoba, somado ao espírito bolivariano que corre nas veias desse cara nascido em Barinas e que preside a irmã República Bolivariana de Venezuela; Hugo Chávez Frias e assim, sem mais nem menos, a insurgência, mais viva politicamente que nunca, mais insurgente e austera que jamais antes, e outro protagonista , escondido entre a multidão, mas importante perdedor: os cultuadores da guerra, dessa vez perderam, perderam de jeito, porque se impôs a sensatez que é uma das qualidades da inteligência.Enlace original
às 12:39

Agência de Notícias Nova Colômbia: Liberação de prisioneiros de costas para a segurança democrática

REDNOTIC Revista Eletrônica de Notícias Internacional da Contrainformação.
“A Contrainformação é o contraponto à Média da Burguesia Internacional”.
Edição Bloger No. 0002 – Ano I – Dezembro/2007.

MAIS UM
GENOCÍDIO URIBISTA
NA SELVA COLOMBIANA?

ANNCOL: Matéria original do Jornalista free-lancer Dick Emanuelsson para a Agência internacional ANNCOL.
Traduzida por Paulo Lucena, da revista bloger REDNOTIC.

Uma lamentável tragédia de genocídio, parece que encomendado, ainda não há conclusões e as opiniões ainda são subjetivas, mas há fortes indícios de que tenha sido praticado por um dos grupos terroristas paramilitares mercenários a serviço direto do presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez para reforçar as ações armadas do Exército colombiano contra a Guerrilha. Pelo menos como a maior das probabildades pode-se inferir da obsessiva e sobretudo irresponsável e perversa teimosia de Uribe em manifestar sua vontade sinistra e desalmada de mandar comandos militares executar, a sangue e fogo, resgates de prisioneiros das FARC, em operações convencionais de guerra na selva. Esta parece ter sido uma dessas suspeitas aventuras de Uribe.

Na tarde de 18 de junho de 2007, irrompeu num acampamento de prisioneiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), onde se encontravam, sob custódia e guarda de guerrilheiros, onze deputados colombianos do Departamento do Valle que haviam sido capturados como reféns pela Guerrilha. Provavelmente supondo que seria um simples acampamento só de guerrilheiros, os presumíveis sicários de Uribe desfecharam, praticamente a queima-roupa, uma saraivada de 95 tiros de fuzil AK-47, sem dar direito de reação às vítimas indefesas e desarmadas, matando a sangue-frio todos os parlamentares prisioneiros que, ao fim da tarde, acabavam de banharem-se no córrego do acampamento e estavam escovando os dentes. Os guerrilheiros que guardavam o acampamento, ao perceberem os rumores do assalto trataram de entrincheirar-se e escaparam ilesos da morte. O grupo genocida, julgando haver trucidado membros da Guerrilha, escafedeu-se adentrando à selva.

Esta é a hipótese lógica e provável que se pode inferir do episódio, inclusive tendo em vista o Relatório Oficial da perícia, sob encargo da Procuradoria Geral da República e de um Grupo Forense da OEA que empreenderam investigação da tragédia no cenário local, Relatório preparado pelo órgão técnico competente do Governo Colombiano, em ação formal permitida em ética de guerra pelas Forças beligerantes da Guerrilha, publicado pelo Diário El Tiempo de Bogotá, e aqui analisado pelo jornalista sueco Dick Emanuelsson, veterano ativista da contrainformação no panorama político latino-americano.
Paulo Lucena-Editor.
Dick Emanuelsson.
El diario El Tiempo publicó [2] ayer un artículo no firmado, por lo cual lo tomamos como posición periodística del medio del vicepresidente y el MINDEFENSA, en donde descarta por el calibre de las balas “la posibilidad de que miembros de la Fuerza Pública hubieran tomado parte en los hechos, como en su momento lo sugirieron las Farc”. Pero El Tiempo miente, o el periodista que hizo la nota no sabe leer. Por que en el comunicado mencionado de la guerrilla con fecha el 23 de junio y publicado el 28 de junio se dice textualmente que “un grupo militar sin identificar hasta el momento, atacó el campamento donde se encontraban”.

O diário El Tiempo publicou ontem um artigo não assinado, que se entende como opinião jornalística da Mídia do Vice-Presidente e do Ministério da Defesa, em que descartam pelo calibre das balas “a possibilidade de que membros da Força Pública haveriam tomado parte nas ocorrências, como em seu momento as FARC sugeriram. Porem, El Tiempo mente, ou o repórter que fez a nota não sabe ler. Posto que no comunicado mencionado da Guerrilha, com data de 23 de junho e publicado em 28 de junho diz-se textualmente que “um grupo militar, desconhecido até o momento, atacou o acampamento onde se encontravam”.

Los once diputados pueden haber sido atacados y asesinados cuando se bañaban en un campamento de las FARC.

Os onze deputados podem haver sido atacados e assassinados quando se banhavam num acampamento das FARC.

La investigación de la fiscalía colombiana no descarta la declaración de las FARC en el sentido que los once diputado fueron asesinados por “un comando militar sin identificar”, los once diputados fueron asesinados por un “comando militar sin identificar”

A investigação da Procuradoria Colombiana não descarta a declaração das FARC no sentido de que os onze deputados tenham sido assassinados por “um comando militar desconhecido”, os onze deputados foram assassinados por um “comando “militar sin identificar”.

La guerrilla nunca acusó a las Fuerzas Militares por haber participado en el ataque o el rescate al campamento guerrillero el 18 de junio. El informe de la Fiscalía es interesante porque trae justamente nuevos elementos al misterio sobre las circunstancias en que murieron los once diputados. Son cinco las conclusiones que la Fiscalía saca sobre la tragedia, y lo reproducimos directamente del artículo de El Tiempo.

A Guerrilha nunca acusou às Forças Militares por haver participado no ataque ou resgate ao acampamento guerrilheiro em 18 de junho. O informe da Procuradoria é interessante porque traz justamente novos elementos ao mistério sobre as circunstâncias em que morreram os onze deputados. São cinco as conclusões que a procuradoria especula sobre a tragédia, e as reproduzimos diretamente do artigo de El Tiempo.

¿Quién sabe si el presidente sabía de las consecuencias cuando categóricamente juzgaba el grupo guerrillero como asesinos antes de ni siquiera los once cuerpos de los muertos se habían enfriado?

Quem sabe se o Presidente sabia das consequências quando julgava categoricamente o grupo guerrilheiro como assassino antes de nem sequer os onze corpos dos mortos se haverem esfriado?

1. Los mataron con tiros de AK-47
EL TIEMPO: La Fiscalía asegura que los 11 ex diputados recibieron en total 95 heridas de balas de fusil calibre 7.62 m.m. y 5.56 m.m., que corresponden a los fusiles AK-47. El AK es el llamado fusil de los grupos irregulares, por su resistencia a las condiciones más adversas y por su bajo costo. Las Farc utilizan AK-47 y la mayoría de su munición es 7,62 milímetros, que es una bala más grande y está prohibida por las normas de la guerra.

COMENTARIO: No comprueban nada, por que un comando de rescate oculto de Uribe obviamente no puede dejar rastros que involucra el estado, es a penas lógico. Es más; las FARC no usan solamente fusiles AK-47 sino galil, que tiene el ejército, fusiles belgas, rusos y fusiles que decomisan en los combates con las FF.MM.

1. Mataram-nos com tiros de AK-47.
EL TIEMPO: A Procuradoria assegura que os 11 ex deputados receberam um total de 95 ulcerações de bala de fuzil calibre 7.62m.m. e 5.56m.m., que correspondem aos fuzis AK-47. O AK é o chamado fuzil dos grupos irregulares, por sua resistência às condições mais adversas e seu baixo custo. As FARC utilizam AK-47 e a maioria da sua munição é 7,62 milímetros, que é uma bala maior e está proibida pelas normas de guerra.

COMENTÁRIO: Não comprovam nada, por que um comando secreto de resgate de Uribe, obviamente não pode deixar rastros que venham a envolver o Estado, é apenas lógico. E mais: as FARC não usam somente fuzis AK-47 senão tambem os galil que tem o Exército, fuzis belgas, russos e fuzis que confiscam nos combates com as Forças Armadas regulares.

2. No murieron en combates con los militares
EL TIEMPO: Dice la Fiscalía que “no se encontró evidencia que permita establecer que la muerte de los ex diputados haya sido como consecuencia de un enfrentamiento armado entre el Ejército y el grupo subversivo que los tenía secuestrados”. Sin embargo, la directora del CTI, Marilú Méndez, aclaró que no hay evidencias para descartar un enfrentamiento con otros grupos irregulares. De hecho, menciona que en el sitio donde se hallaron los cadáveres, los caseríos Dantasco, Nulpi y Sidón, en Cumbitara (Nariño), hay disputa territorial entre narcos y guerrilla. El frente 29 de las Farc, el Frente Comuneros del Sur, del ELN, y la llamada ONG (Organización Nueva Generación, un grupo 'para' emergente) tienen fuerzas en la zona.
COMENTARIO: Es decir, la misma directora del CTI no rechaza la declaración de la guerrilla en el sentido que puede haber otro grupo irregular, como mencionaron las FARC en su comunicado.

2. Não morreram em combates com os militares.
EL TIEMPO: Diz a Procuradoria que “não se encontrou evidência que permita estabelecer que a morte dos ex-deputados haja sido consequência de um enfrentamento armado entre o Exército e o grupo subversivo que os teria seqüestrado” Efetivamente, a Diretora do CTI, Marilu Méndez, esclareceu que não há evidências para descartar um enfrentamento com outros grupos irregulares. Ademais, menciona o sítio onde se acharam os cadáveres, os vilarejos Dantasco, Nulpi e Sidón, em Cumbitara (Nariño), onde há disputa territorial entre narcos e guerrilha. A Frente 29 das Farc. A Frente Comuneros do Sul, do ELN, e a chamada ONG (Organização Nova Geração, um grupo ‘para’ emergente) teem forças na zona.
COMNTÁRIO: Quer dizer, a mesma diretora do CTI não rechaça a declaração da guerrilha no sentido de que pode haver outro grupo irregular, como mencionaram as Farc em seu comunicado.

3. Los mataron en otro sitio
EL TIEMPO: Los expertos explican que los políticos fueron asesinados en un lugar distinto a donde los sepultaron, que hasta ahora sigue siendo una incógnita. “La ausencia de evidencias de carácter balístico permite determinar que el lugar de inhumación de los cuerpos no corresponde al lugar donde se produjo la muerte”, señala el documento. Sin embargo, elementos como la tierra hallada en los cuerpos y los insectos le permiten a la Fiscalía asegurar que los asesinatos no ocurrieron en una zona geográfica muy alejada.
COMENTARIO: Es probable.
3. Mataram-nos em outro lugar.
EL TIEMPO: Os peritos explicam que os políticos foram assassinados em um lugar diferente de onde os sepultaram, que até agora continua sendo um mistério. “A ausência de evidências de caráter balístico permite determinar que o lugar da inhumação dos corpos não orresponde ao lugar onde se produziu as mortes”. Assinala o documento. Efetivamente, elementos com a terra colada nos corpos e os insetos permitem à Procuradoria assegurar que os assassinatos não ocorreram numa zona geográfica muito distante.
COMENTÁRIO: É provável.

4. Asesinados en estado de indefensión
EL TIEMPO: De las 95 heridas de fusil que tenían los once cuerpos, la Fiscalía determinó que el 66 por ciento las recibieron por la espalda, lo que sugiere un total estado de indefensión. Dos de las víctimas, los diputados Carlos Alberto Charria Quiroga y Francisco Javier Giraldo “presentan disparos realizados a corta distancia, lo que implica la cercanía de los tiradores y las víctimas a una distancia inferior a los 3 metros”.

4. Assassinados sem chance de defesa.
EL TIEMPO: Por la trayectoria de los disparos, la Fiscalía determinó que los tiradores estaban en una posición superior. ”Se puede determinar que al momento de los disparos los victimarios se encontraban hacia la parte posterior izquierda de la víctima -se lee en la parte del informe sobre el diputado Charry Quiroga-. Es decir, “la víctima se encontraba dando la espalda a los tiradores y en un plano inferior (...) recibiendo algunos disparos en posición de caído decúbito abdominal” (boca abajo). Algunos de los cadáveres tenían en la boca restos de seda dental y fragmentos de cepillo de dientes, lo que ”infiere que en el momento en que ocurre el evento violento, los ex diputados se encontraban aseándose”. Las necropsias también revelaron cuál fue su última cena: arroz y arveja.

Pela trajetória dos disparos, a Procuradoria determinou que os atiradores estavam numa posição superior. “Pode-se determinar que ao momento dos disparos os matadores encontravam-se na parte posterior esquerda das vítimas – lê-se na parte do informe sobre o deputado Charry Quiroga. Quer dizer, “a vítima se encontrava dando a espádua aos atiradores e colocada num plano inferior (...) recebendo alguns disparos em posição de queda em decúbito abdominal” (de boca para baixo). Alguns dos cadáveres tinham na boca restos de fio-dental e fragmentos de escova de dentes, “o que se infere que no momento da ocorrência violenta os ex-deputados se encontravam asseando-se. As necropsias revelaram tambem qual foi sua última ceia: arroz e ervilhas.

COMENTARIO: El punto cuatro creo que es fundamental para determinar más o menos la hora del día y en que circunstancia se produjo la muerte de los once diputados. Cada persona que ha pasado unos días en un campamento guerrillero en la selva sabe que allá reina una rutina y un reglamento sumamente estricto. Dice la fiscalia que “los ex diputados se encontraban aseándose” y que en la boca se encontraron “restos de seda dental y…

COMENTÁRIO: O quatro creio que é fundamental para determinar mais ou menos a hora do dia e em que circunstância se produziu a morte dos onze deputados. Cada pessoa que tenha passado uns dias num acampamento guerrilheiro na selva sabe que reina uma rotina e um reegulamento sumamente rigorosos. Disse a Procuradoria que “os ex-deputados se encontravam asseando-se” e que na boca se enconraram “restos de fio dental e...

…fragmentos de cepillo de dientes”, además constataron los investigadores que los diputados habían consumido “arroz y arveja” como la última cena.
¿Qué nos dice eso?

… fragmentos de escova de dentes”, ademais constataram os investigadores que os deputados haviam consumido “arroz e ervilhas” com a última ceia.
O que nos revela isto?

a) Que probablemente habían cenado y estaba en el río o en el lugar donde los guerrilleros y los rehenes se bañaron por la tarde, alrededor a las 16.30-17.30 de la tarde, que es la hora usual en los campamentos guerrilleros según el reglamento.

a) Que provavelmente haviam ceiado e estavam no rio ou em local onde os guerrilheiros e os refens se banharam à tarde, em torno das 16h30-17h30, que é a hora usual nos acampamentos guerrilheiros segundo o regulamento.

b) Estaban en los canconcillos bañándose, por lo cual era imposible para los atacantes a distinguir entre los rehenes civiles y los guerrilleros en el campamento. Es muy posible que el campamento estaba rodeado por la fuerza atacante y que el campamento fue atacado por varios flancos y ahí se produjo el fuego cruzado que menciona la guerrilla. Eso también explica que las balas entraron a los cuerpos de los diputados por varios ángulos que menciona la Fiscalía y la Comisión de Forenses de la OEA.

b) Estavam todos bañando-se e era imposible aos atacantes distinguir entre os refens civis e os guerrilheiros no acampamento. É muito possível que o acampamento estivesse rodeado pela força atacante e que o acampamento tenha sido atacado por vários flancos , e aí tenha-se produzido o fogo cruzado que menciona a guerrilha. Isso tambem explica que as balas atingiram os corpos dos deputados por vários ângulos que menciona a Procuradoria e a Comissão de Forenses da OEA.

c) Hay que también agregar que generalmente, o por lo menos en los campamentos en donde yo he podido visitar, “el baño” esta ubicado un poco apartado del centro del campamento. Y como la selva y sus árboles se levantan 90 grados de las orillas de los ríos, no es nada extraño que dos de los once diputados hayan sido alcanzados por las balas tan cerca como a tres metros. Es más, el grupo de los diputados para evitar la fuga, seguramente se bañaron en diferentes turnos de los guerrilleros que custodiaron los diputados. Pero el atacante no sabe si el guerrillero es guardia de sus presos o si es un
simple guardia por la seguridad del campamento.

Há que tambem acrecentar que geralmente, ou pelo menos nos acampamentos onde eu pude visitar, “o banho” está localizado um pouco afastado do centro do acampamento. E como a selva e suas árvores levantam-se a 90 graus das margens dos rios, não é nada estranho que dois dos onze deputados hajam sido alcançados por balas tão próximos com a três metros. E mais, o grupo dos deputados para evitar a fuga, segurameente se banharam em diferentes turno dos guerrilheiros que os custodiaram. Porem o atacante não sabe so guerrilheiro é guarda de seus presos ou se um simples guarda daa segurança do acampamento.

d) ¿Por qué sería la tarde y no la mañana? Por que el “menú” de la “cena”, que menciona la directoria de la CTI, indica eso; arroz y arveja que es distinto al desayuno guerrillero.

Por que seria à tarde e não à manhã? Por que o menu de “ceia”, que menciona a diretoria da CTI, indica isso: arroz e ervilhas que é diferente do desjejum guerrilheiro.

5. Los enterraron en un campamento
EL TIEMPO: El equipo de criminalística logró llegar hasta el sitio donde las Farc sepultaron a los políticos. Allí descubrió que se trataba de un campamento del grupo subversivo con una capacidad para albergar entre 80 y 100 personas. ”Este campamento fue habitado por lo menos hasta el mes de abril del 2007, esto con base a la información encontrada dentro de los basureros del sitio”. Las tumbas, dice el informe, se localizaron fácilmente dentro del campamento por que estaban” referenciadas por tres grandes ”árboles y rodeadas por caminos artesanales de fácil seguimiento”. Además, aseguran que los cuerpos sin vida fueron aseados y vestidos con prendas diferentes a las que tenían puestas cuando ocurrieron los hechos. Solo uno de ellos, el del político Jairo Javier Hoyos Salcedo, tenía la camiseta.

5. Enterraram-nos em um acampamento.
EL TIEMPO: A Equipe de Criminalística conseguiu chegar até o local onde as FARC sepultaram os políticos. Ali descobriu que se tratava de um acampamento do grupo subversivo com uma capacidade para albergar entre 80 e 100 pessoas. “Este acampamento foi habitado pelo menos até o mês de abril de 2007”, isto com base na informação encontrada dentro das lixeiras locais. As tumbas, disse o informe, se localizaram facilmente dentro do acampamento por que estavam “referenciadas por três grandes árvores” e “roteadas por caminhos artesanais de fácil seguimento”. Ademais, asseguram que os corpos sem vida foram asseados e vestidos com prendas diferentes das que tinham postas quando ocorreram os fatos. Só um deles, o político Jairo Javier Hoyos Salcedo, tinha uma camiseta.

COMENTARIO: Es muy probable que así fue.
¿CUALES SON LAS CONCLUSIONES?
Es muy difícil y además cuestionable de especular sobre una tragedia y las circunstancias en como murieron los once. Pero el informe de la Fiscalía trae importantes elementos que no pueden ser archivados o no debatidos. A la guerrilla cae también responsabilidad y debe dar todos los detalles en cómo se ejecutó el ataque al campamento y las eventuales propias bajas en el combate con los atacantes para así seguir agregar y construyendo las evidencias y los indicios hasta ahora recuperados.

COMENTÁRIO: É muito provável que assim tenha sido
QUAIS SÃO AS CONCLUSÕES?
É muito difícil e muito ainda mais questionável de especular sobre uma tragédia e as circunstâncias como tenham morrido os onze. Porem o informe da Procuradoria traz importantes elementos que não podem ser arquivados ou não discutidos. Para a Guerrilha cabe tambem responsabilidade e deve dar todos os detalhes como se executou o ataque ao acampamento e as eventuais próprias baixas no combate com os atacantes para, assim, seguir agregando e construindo as evidências e os indícios até agora recuperados.

¿Y el papel de Uribe?
Pues yo creo, y eso es una conclusión muy subjetiva, que Uribe no contaba con el hecho de que los cuerpos de los once diputados del Valle fueran recuperados por las autoridades internacionales como la Comisión de Forenses de la OEA y ahora investigado por la propia Fiscalía de la Nación. El informe de 82 páginas de esa institución estatal no esclarece en la totalidad de las circunstancias, pero trae varios elementos muy importantes en el puzzle para poder acercarse la solución del misterio. Uribe fue, como siempre ha sido en su odio y obsesión contra las FARC, totalmente categórico en su “sentencia” contra la guerrilla a la cual encontró culpable como asesinos a los once diputados antes de ni siquiera habían llegado los forenses al lugar donde estaban enterrados y menos haber sido investigados.

E o papel de Uribe?
Pois eu creio, e isso é uma conclusão muito subjetiva, que Uribe não contava com os fatos de que os corpos dos onze deputados do Valle foram recuperados pelas autoridades internacionais como a Comissão de Forenses da OEA, e agora investigado pela própria Procuradoria da Nação. O informe de 82 páginas dessa instituição estatal não esclarece na totalidade as circunstâncias, porem traz vários elementos muito importantes no quebra-cabeça para poder aproximar-se da solução do mistério. Uribe, como sempre tem sido, em seu ódio e obsessão contra as FARC, foi totalmente categórico em sua “sentença” contra a guerrilha à qual imputou culpável como assassina dos onze.

Hay varias teorías sobre comandos extranjeros, entre ellos israelitas, especulaciones que podría tener su base en el hecho que hay asesores militares israelitas entrenando a militares colombianos en las instalaciones militares en Tolemaida, invitados y pagado por el Mindefensa Juan Manuel Santos, para ese tipo de acciones y en como actúan los comandos de fuerzas especiales. Pero hasta ahora ha sido solamente especulaciones. Lo que no podemos descartar es la intención de Uribe de rescatar a sangre y fuego los prisioneros de guerra (los oficiales de las Fuerzas Militares) y los políticos civiles que las FARC tienen en su poder. Lo ha dicho el mismo presidente cantidades de veces y la orden a sus generales esta dada; “Vayan por los secuestrados ya!” Después de la ruptura del intercambio humanitario por parte de Uribe, se ha despejado la última duda que el presidente colombiano no esta interesado en el intercambio humanitario con la guerrilla de las FARC. Ahora es guerra total. Y en esa guerra fueron sacrificados los once
diputados del Valle. Go for those already kidnapped.

Há várias teorias sobre comandos estrangeiros, entre eles israelitas, especulações que poderiam ter base no fato de que há assessores militares israelitas treinando a militares colombianos nas instalações militares de Tolemada, convidados e pagos pelo Ministro da Defesa Juan Manuel Santos, para esse tipo de ações e em como atuam os comandos de forças especiais. Porem até agora tem sido somente especulações. O que não podemos descartar é a intenção de Uribe de resgatar a sangue e fogo os prisioneiros de guerra (os oficiais das Forças Militares) e os políticos civis que as FARC teem em seu poder. Isto tem dito o mesmo presidente uma quantidade de vezes, e a ordem a seus generais está dada: “Vão já pelos seqüestrados!!!...”. Depis da ruptura do intercâmbio humanitário por parte de Uribe, se há esvaziado a última dúvida de que o presidente colombiano não esteja interessado no interâmbio humanitário com a guerrilha das FARC. Agora é guerra total. E nessa guerra foram sacrificados os onze deputados do Valle. Go for those already knapped!!!... (Vão já pelos sequestrados!!!...).

¿Quién sabe si se podrá salvar a los otros para que no pasen la misma suerte que pasaron los once diputados del Valle el 18 de junio.

Quem sabe se poder-se-á salvar os outros de virem a ter a mesma sorte dos onze deputados do Valle em 18 de junho.

* Reportero en América Latina
[1] Comunicado del Comando Conjunto de occidente FARC-EP, Cordillera occidental, junio 23 de 2007,
publicado el 27 de Junio de 2007 http://www.farcep.org/?node=2,2992,1
[2] Estas son las cinco conclusiones de la Fiscalía sobre la muerte de los once diputados del Valle, El
Tiempo Noviembre 28 de 2007 (http://www.eltiempo.com/justicia/2007-11-28/ARTICULO-WEBNOTA_
INTERIOR-3836188.html).

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Agência de Notícias Nova Colômbia: Uribe Vélez, Chefe Máximo do narco-paramilitarismo na Colômbia

Agência de Notícias Nova Colômbia: Uribe Vélez, Chefe Máximo do narco-paramilitarismo na Colômbia: "às 18:14"

REDNOTIC - Revista Eletrônica de Notícias Internacional da Contrainformação. "A Contrainformação é o Contraponto da Mídia Capitalista Internacional".
Edição Bloger No. 0001 - Ano I.
Editor: Paulo Lucena - p.luc73@gmail.com.

Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007

Trancrito da Página Jornalística ANNCOL-Brasil:
http://anncol-brasil.blogspot.com/2007/12/uribe-vlez-chefe-mximo-do-narco.html.

Uribe Vélez, Chefe Máximo do narco-paramilitarismo na Colômbia
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Departamento de Análises Sociais da Anncol.nu
Pesquisa de Opinião na diversidade social de Usuários Lusófonos e Falantes Ibéricos da Rede Mundial de Computadores nas Américas.

A grande maioria, 80%, acredita que a Colômbia é governada por uma perigosa quadrilha narco-paramilitar (Esquadrões da Morte), da qual como chefe indiscutível se destaca com luz própria o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez.
- Pesquisa da ANNCOL.

Álvaro Uribe Vélez é o chefe máximo do paramilitarismo na Colômbia, assim se manifesta a imensa maioria, cerca de 80% dos internautas que responderam à pesquisa desenvolvida pela Anncol.nu entre os dias 20 e 27 de dezembro de 2007 em sua página na internet.

O mais chamativo resultado – 8 de cada dez pesquisados – é que Uribe Vélez tenha obtido uma vantagem tão considerável sobre seus protegidos e seguidores imediatos, dois declarados criminosos narco-paramilitares Salvatore Mancuso e ‘Don Berna’. Sobre o primeiro levou uma vantagem nada desprezível de 66% e do segundo 69%.

Observando os mesmos resultados e relacionando-os aos três membros do governo colombiano na consulta: Uribe Vélez (Presidente), José Obdulio Gaviria (Conselheiro Presidencial) e Juan Manuel Santos (Ministro da Defesa), descobrimos que cerca de 82 por cento da população internauta acredita que a Colômbia é governada por uma perigosa quadrilha paramilitar (Esquadrão da Morte), da qual como chefe indiscutível se destaca com luz própria o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe Vélez, no que ele é seguido pelo número 82 de uma lista de narcotraficantes com um carma.

O apavorante desse resultado é que se Salvatore Mancusso e ‘Don Berna’ são capazes de executar os crimes mais atrozes de lesa humanidade contra indefesos camponeses, mulheres e crianças – crimes confessados por eles mesmos - então qual poderá ser o nível de crueldade do “chefe dos chefes” do narco-paramilitarismo colombiano, Álvaro Uribe.

Participantes manifestos na amostragem: 1256 Internautas.
Enlace original
às 18:14

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Agência de Notícias Nova Colômbia: Operações militares impedem a entrega dos libertados

Agência de Notícias Nova Colômbia: Operações militares impedem a entrega dos libertados

Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007

As Farc cumpriram
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É o mínimo que se pode dizer. Apesar de todos os obstáculos colocados por Bogotá para impedir a entrega dos três colombianos ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frias. Duas foram detidas por unidades guerrilheiras das Farc, o outro garoto,
Emmanuel, nasceu em um acampamento dessa organização insurgente.
Hoje poderão reencontrar-se com seus entes queridos.
Termina mais um capítulo na luta pelo Intercâmbio Humanitário ou Troca de Prisioneiros. Este ato humanitário não pode estar sujeito aos interesses de Washington nem aos caprichos do governante colombiano.
Colombianas e colombianos feitos prisioneiros de guerras por causa do conflito interno devem ser apoiados por uma Lei consagrada na Carta Política que garanta seu retorno imediato ao seu habitat de onde foram retirados. Outras condições são apenas empecilhos fabricados pelos beneficiários da guerra.
Contrariamente do que se difunde nos grandes meios de comunicação sobre incentivar o ‘sequestro’, um ato legislativo dessas dimensões além de diminuir o sofrimento de vítimas e familiares abre as portas para a reconciliação nacional, prelúdio da reconstrução de uma Nova Colômbia.
Não deixa de chamar a atenção o fato de que a maioria dos cidadãos privados de liberdade provém de setores populares, soldados, policiais e guerrilheiros.
Até agora não se conhece comunicado nem declaração oficial das Farc.
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às 12:24 Links para esta postagem
Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2007

Governo da Colômbia dá autorização
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ANNCOLO governo colombiano é obrigado a aceitar a proposta de resgate de Clara e seu filho e Consuelo.A Casa de Nariño emitiu um curto comunicado autorizando as aeronaves propostas pelo presidente Hugo Chávez a voar na Colômbia, com emblemas da Cruz Vermelha claramente visíveis, além de nomear o Comissário da Paz, Luis Carlos Restrepo, como delegado pelo governo da Colômbia, quem acompanhará os delegados dos países amigos do Acordo Humanitário.Inicia-se, então, o processo de entrega dos prisioneiros. Ressaltamos que o governo não teria alternativa, já que ao não autorizar o vôo das aeronaves, estaria optando pela entrega clandestina dos três prisioneiros em poder das FARC, o que causaria mais prejuízos à maltratada imagem internacional de Álvaro Uribe Vález.É ainda, um ressonante triunfo das FARC que impuseram, com sua ação, esta entrega como um ato de desagravo ao Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frias e à senadora colombiana, Piedad Córdoba.Enlace original
às 19:02 Links para esta postagem

Presidente Chávez anuncia fórmula para liberação dos 3 prisioneiros das FARC
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Por AllendeO presidente Chávez destacou o respeito pela soberania colombiana e solicitou autorização. Agora depende de Bogotá.Em uma coletiva de imprensa que se realizou no Palácio Presidencial de Miraflores, o presidente venezuelano, Hugo Chávez Frias, anunciou que o único detalhe que falta para a realização da liberação dos três prisioneiros em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) é a autorização do governo da Colômbia.“Rodolfo Sanz, vice-chanceler para a América Latina, deve estar ingressando na Chancelaria de Bogotá neste momento para entregar este documento (pedindo a autorização)”. No momento em que a referida autorização seja dada e com a participação de emissários de sete países, se iniciará uma caravana de aviões com símbolos da Cruz Vermelha para realizar a operação humanitária.Chávez explicou que seis países se mostraram interessados em enviar emissários que participarão como testemunhas da operação: Argentina, França, Equador, Cuba, Bolívia e Brasil.O Presidente Chávez explicou que se optou por fazer a entrega de forma absolutamente transparente. “Não queremos uma entrega clandestina, porque estaria sujeita a muitos imprevistos. Queremos que o mundo saiba o que está a ocorrer, com alguns detalhes de segurança. Queremos transparência.”Come feito, na coletiva de imprensa foram dados amplos detalhes da operação. Ramón Rodriguez Chacín, que trabalhou como ministro de Relações Internas no governo de Chávez até o ano de 2002, será quem a coordenará. Serão usadas as bases venezuelanas de La Fria e Santo Domingo (estado de Apure) como ponto de partida das aeronaves venezuelanas, as quais chegariam no aeroporto de Villavicencio, no território colombiano.De lá, as aeronaves partiriam para um ponto desconhecido, que será indicado pelas FARC no momento da decolagem. Igualmente, uma vez que seja feita a entrega, se coordenará um tempo suficiente para que os membros das FARC possam retirar-se sem riscos para os mesmos.O Presidente também indicou que respeita a soberania colombiana e que está disposto a discutir qualquer parte do plano. Pede celeridade; afirma que, caso o Presidente Uribe dê a autorização esta noite, amanhã poderiam se iniciar as operações e os prisioneiros poderiam estar em território venezuelano amanhã mesmo.Se esperava que Clara Rojas, seu filho Emmanuel e Consuelo González de Perdomo fossem postos em liberdade antes ou durante o natal e, tanto na Colômbia como na França, onde vivem os filhos da franco-colombiana Ingrid Betancourt, ocorreram atos de solidariedade nas últimas horas.Ainda, de acordo com declarações da Senadora Piedad Córdoba nesse final de semana, as persistentes operações militares na Colômbia em diversos pontos da fronteira com a Venezuela impediram que se pudesse concretizar a entrega, o que o governo colombiano nega taxativamente.Fonte: YVKE Mundial
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às 16:39 Links para esta postagem

Agora tudo depende de Bogotá
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ANNCOLAcaba de anunciar, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez Frias. “Tudo pronto com sete países colaborando” afirmou na Casa de Miraflores em Caracas.Sou movido apenas por razões “humanitárias”, destacou Chávez em sua coletiva de imprensa transmitida a todo o mundo.Dispositivos em vários pontos da Venezuela, de uma “caravana aérea”, estão prontos para resgatar os libertados pelas FARC, Clara, seu filho Emmanuel e Consuelo.Agora tudo depende de Uribe Vélez, se autoriza a operação de resgate, nas palavras do presidente venezuelano.